Várias interpretações numa: o romance homónimo de J.G. Ballard interpretado por David Cronenberg, que é, por sua vez, interpretado pelo seu compositor de longa data, Howard Shore. O resultado é: obras-primas encaixadas em obras-primas, envolvidas umas nas outras como metal fundido (dos carros esventrados, das próteses humanas, dos órgãos sexuais, extensões do desejo, ferramentas torturadas por quem as usa...).
Para o ciclo, o aluno de Temas de Investigação de Musicologia João Rato escolheu apresentar este filme complexo, respondendo positivamente ao desafio de metamorfosear a seguinte ideia numa análise com cabeça, tronco e membros a este trabalho de Shore/Cronenberg: a banda sonora metálica, metalizante, metalizada de Howard Shore num filme sobre o desejo-máquina pelo metal retorcido.
"Crash" é projectado hoje, no auditório 1 da FCSH-UNL, às 20 horas. Boa audiovisão!
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